Em torno dos 90% dos casos de violência em Santos são cometidos por adolescentes, principalmente do sexo masculino, entre 14 e 17 anos. As maiores ocorrências são homicídios, lesão corporal, acidentes de trânsito e estelionato. Segundo o chefe dos escrivãos da Polícia Civil de Santos, Pedro Peres, a maior causa da violência é o tráfico de entorpecentes. "Os jovens de hoje não tem uma base familiar nem educacional, e acabam por entrar no mundo do crime. E a chave para esse mundo é o tráfico. Aqueles que não são traficantes, são usuários, ou as duas coisas", diz Peres.
De acordo com Peres, o sistema carcerário santista enfrenta diversos problemas. Ele comenta que "a prisão não resolve nada, cadeia não recupera ninguém. Aqui em Santos, temos problemas com divisão de setores dentro das delegacias. Acredito que a cidade devia fazer melhorias, nesse sentido. São estupradores junto com ladrões de bicicleta, dividindo o mesmo espaço. O estuprador sai como ou pior do que entrou; o ladrão sai pensado em usar o estupro como uma forma de ajudar na hora do roubo".
Os locais de maior incidência dos crimes são as áreas periféricas da cidade. Os atos mais graves, como homicídio, têm foco principal nos morros do São Bento e Jabaquara e na Zona Noroeste.
Pedro Peres, que trabalha há 44 anos na Pólícia Civil, afirma que a taxa de violência cresceu muito nos últimos oito a dez anos. "Antes, as maiores ocorrências que eu recebia eram pequenos furtos, violência doméstica. Hoje, as mortes são fatos comuns na mesa dos profissionais da polícia". O escrivão acredita que esse aumento é causado principalmente pelo silêncio das vítimas. "As pessoas têm medo de denunciar. Se sentem humilhadas, apreensivas, com medo dos autores dos crimes descobrirem, medo da vingaça deles e medo da própria polícia".
Peres aponta problemas para lidar com a violência que os santistas enfrentam. Ele diz que a polícia procura fazer tudo que está ao seu alcance, mas dependem dos meios que o Governo do Estado oferece. "Comparado ao índice que temos em Santos, esss meios são escassos".
Ele afirma, ainda, que os métodos usados pela polícia não surtem o efeito desejado. "A violência ganhou um espaço tão grande e vem se atualizando tanto que os indivíduos agem dentro das escolas, dentro de estabelecimentos privados, dentro das casas das pessoas, onde a polícia não pode estar presente o tempo todo".
Pedro Peres acredita que a melhor opção para melhorar a segurança é uma preparação mais apurada dos policiais. "Os homens que estão entrando para a polícia precisam de uma base melhor, de mais treino e, principalmente, de mais vontade de trabalhar. Mas isso não depende de nós, que já estamos aqui dentro. É necessário um empenho maior por parte da Justiça do Estado em preparar esse pessoal para estarem na rua. A realidade é muito diferente das simulações. E a grande maioria dos novatos não espera isso". E completa que "a violência é uma companheira do cidadão, infelizmente, e muito pouco se faz, em termos gerais, para que essa realidade mude".
Pedro Peres, que trabalha há 44 anos na Pólícia Civil, afirma que a taxa de violência cresceu muito nos últimos oito a dez anos. "Antes, as maiores ocorrências que eu recebia eram pequenos furtos, violência doméstica. Hoje, as mortes são fatos comuns na mesa dos profissionais da polícia". O escrivão acredita que esse aumento é causado principalmente pelo silêncio das vítimas. "As pessoas têm medo de denunciar. Se sentem humilhadas, apreensivas, com medo dos autores dos crimes descobrirem, medo da vingaça deles e medo da própria polícia".
Peres aponta problemas para lidar com a violência que os santistas enfrentam. Ele diz que a polícia procura fazer tudo que está ao seu alcance, mas dependem dos meios que o Governo do Estado oferece. "Comparado ao índice que temos em Santos, esss meios são escassos".
Ele afirma, ainda, que os métodos usados pela polícia não surtem o efeito desejado. "A violência ganhou um espaço tão grande e vem se atualizando tanto que os indivíduos agem dentro das escolas, dentro de estabelecimentos privados, dentro das casas das pessoas, onde a polícia não pode estar presente o tempo todo".
Pedro Peres acredita que a melhor opção para melhorar a segurança é uma preparação mais apurada dos policiais. "Os homens que estão entrando para a polícia precisam de uma base melhor, de mais treino e, principalmente, de mais vontade de trabalhar. Mas isso não depende de nós, que já estamos aqui dentro. É necessário um empenho maior por parte da Justiça do Estado em preparar esse pessoal para estarem na rua. A realidade é muito diferente das simulações. E a grande maioria dos novatos não espera isso". E completa que "a violência é uma companheira do cidadão, infelizmente, e muito pouco se faz, em termos gerais, para que essa realidade mude".
Marcela Souza - publicado em Agência Facos.
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