"O basquete não tem força em Santos", afirma o atleta Marcelo Oliveira Nascimento, praticante há 17 anos da modalidade. Ele incentiva a atividade como forma de educação e considera que a melhor maneira de ensinar valores éticos é com atividades esportivas.
Marcelo iniciou sua história aos treze anos, quando jogava basquete no Centro Esportivo dale Coutinho. A partir daí, não parou. Chegou a jogar em mais de 8 times, entre eles o Santos, Corinthians e Palmeiras. Com trinta anos, fundou uma equipe com alguns amigos de infância na Zona Noroeste, chamada Kamicaze ZN, em homenagem à sua comunidade. Sua intenção é continuar participando fos campeonatos promovidos pelos municípios e também jogos amadores de rua. Um desses campeonatos é o Central Única das Favelas (CUFA), do qual fazem parte 12 times masculinos e 4 femininos. A última etapa aconteceu no último domingo de maio e a nova fase, que é estadual, terá início em agosto.
O jogador conta sua decepção com a falta de incentivo ao esporte. Hoje, proprietário de uma empresa de prestação de serviços, Marcelo diz que não apostou no basquete como carreira porque os jogadores profissionais não são valorizados na Baixada. Apesar disso, considera que a atividade esportiva afasta as crianças e os jovens da criminalidade, dando uma base social e perspectiva de futuro. "Como a ZN é uma comunidade que sofre preconceitos, as aulas gratuitas ajudam a incentivar a interação entre as classes. Na quadra, todos são iguais", declara o atleta.
Marcela Souza e Rachel Munhoz - publicado em Mural da Zona Noroeste
Edição: "Talentos esportivos brilham no anonimato"
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